Sunday, November 25, 2007

Anjo ou demónio, talvez?








Anjo ou demónio, talvez?



Quem me dera ser poeta
Para poder escrever
Os versos que trago na alma
E que não podes saber


Sempre que me apareces
Envolto num manto negro
Deixas-me sequelas na alma
Deixas-me em desassossego.


Se a dor fizesse mazelas
Já estava toda marcada
Porém como são na alma
Não consegues descobrir nada


No meu mundo onírico
Não te posso alojar
Para poder inscrever-te
Que nome te hei-de dar?

Não tens corpo
Não tens rosto
Como posso imaginar-te
Branco, negro ou amarelo
Anjo ou demónio, talvez?

Diz-me a cor da tua alma
Do sangue que te corre nas veias
Tens coração, tens pulmões
És terrestre ou anfíbio?


Se eu tivesse o dom de ver
Para além da realidade
Rasgava-te o manto negro
Despia teus medos e terrores
Ambos naufragaríamos
Na ilha dos meus amores.


Maria freitas

Monday, April 16, 2007

De tudo o que te anuncia






De tudo o que te anuncia
nada é mais importante do que tu.
O rosto antigo
Emoldurado pelos teus cabelos renascentistas
Onde relampejam como numa tela
os olhos que denunciam o abandono
os lábios que convocam ao segredo
De tudo o que te anuncia
nada é mais importante do que tu
o timbre acariciante da tua voz de soprano
os silêncios de que ela cuida
numa esplendorosa eloquência


o acolhimento que projecta quando cantas
a lentidão e a sensualidade dos teus gemidos
De tudo o que te anuncia
nada é mais importante do que tu
A ligeireza esvoaçante do teu corpo
A penugem desafiante dos teus braços imprecisos
As tuas mãos delicadas que tocam
até o interior do desejo
A ponta incendiante dos teus dedos
De tudo o que te anuncia
nada é mais importante do que tu
Não saberei jamais fraccionar-te
Quero-te inteiro e único e sempre verdadeiro
Sonho-te exactamente como és
Porque preciso de ti assim.

Saturday, March 03, 2007

Lamento


Lamento


Se um dia me recordares
Recorda-me com carinho
Se ouvires os meus lamentos
Estou chorando baixinho

Não tenhas pena de mim
Que eu de ti não quero penas
Quero apenas o teu amor
Mesmo que esteja em farrapos

Não tenhas medo, eu conserto-o
Ponho-o novinho em folha
Para levá-lo ao arraial
De Nossa Senhora dos trapos.

Não quero que voltes para mim
Pois não conseguiria olhar-te
Foste muito cruel
Mas não consigo odiar-te

Tento esquecer-me de ti
Tirar-te da minha cabeça
Mas esta tortura sem fim
Faz com que a ideia permaneça
E peço a Deus e aos anjos
Para que isso não aconteça.


Maria

PALCO DE VAIDADES


PALCO DE VAIDADES




Neste palco de vaidades
Que é o palco da vida
De enfrentar realidades
Minha alma está ferida


Cansada de ser palhaço
De fingir o que não sou
Fechei o meu coração
Ao mundo que o enganou


MARIA

Que Procuras?


Que Procuras?




Jamais encontrarás
O que procuras
Amar, palavra vã
Em teu coração.
Incapaz de amar alguém
Até à loucura,
Morrerás sem provar o sabor
De uma grande paixão
Em vão procurarás!
... Sempre em vão!
Na incessante busca de prazer
Voas de flor em flor
Qual mariposa
Pousando sem cessar
Na margarida ou na rosa
Sem saber que irá desaparecer
Apesar de tão formosa
Esquece o passado
Olha o presente
Começa de novo
Renasce!
A tua alma
Está num coma profundo.
Acorda!
Levanta os braços
Enfrenta o mundo.
Luta por um ideal
Verás que vale a pena.
Vive a vida dia a dia
Sem ansiedade
Apenas procurando a verdade
Não faças desta vida
Um dilema
Estarei sempre a teu lado
Em silêncio
Velando o teu sono
Acordada!


Maria

Monday, February 05, 2007

Poema: Noite Escura







NOITE ESCURA


A noite é de breu
não há estrelas no céu
do meu mundo
caminho na escuridão
atropelo em teu coração
dá-me a tua mão
caminhemos sem destino
em busca da estrela
que há-de guiar
nosso caminho
rumo ao desconhecido
pela estrada da vida
dua almas sem tecto,
sem guarida
tentam recomeçar
uma nova vida
um céu estrelado
um caminho alcançado
duas almas sentindo
o peso das ilusões
dois corações sofridos
cansados
de tanta amargura
tanto amor para dar
e tanta ternura
suas vidas juntaram
e a estrela apanharam
nessa noite escura

Maria


Friday, January 26, 2007

Olha-me nos olhos


Olha-me nos olhos


Olha nos meus olhos
Bem no fundo
Vê que o sofrimento
Está presente
E o amor ausente.
Não cansa de esperar
Por um momento
Em que te distraias
E em ti caias
Acorda

Bem dentro dos meus olhos
Quão transparentes,
Quão verdadeiros.
Sem palavras
O meu olhar suplica.
Entende o que ele diz
E por favor,
Não ponhas em palavras,
Os pensamentos vis,
Que te acompanham
Numa luta frenética,
De me provocar esta inércia
Em que teimam ficar
Os meus sentimentos.
Olha nos meus olhos
E, entende de uma vez
Que preciso de ar,
Para poder voar,
Até ao infinito do ser
Que não tem limite
Não ponhas barreiras,
Deixa-me ser eu,
Simplesmente, Eu

Maria

Sunday, November 19, 2006

Sonhei contigo

SONHEI CONTIGO

















Sonhei contigo



Esta noite sonhei contigo
E com os preparativos
Para uma grande recepção
Já não eras meu amigo
Foi aí que obtive
A triste confirmação.

Tinhas um grande penacho
Eras um grande senhor
Toda a comunidade fervia
Era grande a agitação
Pois o Sr. Doutor
Dono de um grande tacho.
Ia fazer o sermão

Trajavas a rigor
Como manda a ocasião
Cartola e chapéu alto
Com penas de pavão.
Fizeste um grande discurso
E nem para mim olhaste
Que grande decepção

Todo o mundo te aplaudiu
Com gritos de ovação
Mas à boca fechada
Toda a gente te criticava
Que tamanha confusão

Chamavam-te vaidoso
Oportunista e convencido
Até as próprias colegas
Não te queriam para marido


Saí antes de acabar
Comentando a tua ausência
Sem nada justificar
Assim são os fracos e amorfos
Quando querem enganar

Acordei, pus-me a pensar
Se foi sonho ou realidade
Porém a grande verdade
É que de ti só restava
Uma imensa saudade

Maria

Thursday, November 16, 2006

Esta noite fizemos amor

ESTA NOITE FIZEMOS AMOR


























Esta noite fizemos amor



Um amor feito de carinho
De desejos, de beijos
De abraços apertados
De palavras sentidas


Esta noite
Pela primeira vez
Tocámo-nos
Sentimo-nos
De mãos dadas
Sorrimos juntos


Nas palavras que dissemos
No desejo que sentimos
Nos gestos que não fizemos
Nos beijos que não trocámos
Nos abraços que não demos
Fizemos amor, fizemos.



Maria

POEMA: BEIJA-ME

BEIJA-ME


















Teu olhar ao céu me envia
olhando-me assim desse jeito
perco a noção do que é torto
e do que é direito
da realidade e da fantasia
não! Não me olhes assim!
paralisas-me,
deixas-me sem acção!
vê!
põe a mão sobre o meu peito,
sente o meu coração
que bate, num descontrolo
que parece não ter fim!
toma como teus:
o pensamento…
o sorriso...
a alegria…
tudo o que é meu...
olha-me!
decifra-me!
deseja-me!
acaba com esta espera louca,
vem!
une à minha a tua boca
carinhosa e ternamente,
beija-me!



Maria

Saturday, November 04, 2006

Vem Amor!

Vem amor



















Vem Amor!

Vem amor!
Beija meus lábios quentes,
Abraça-me com sofreguidão
Não tenhas medo do mundo
Consumemos nossa paixão

Vem amor!
Atravessa o Oceano…
Vem ter àquele cais,
Onde te espero, desesperada…
Por não chegares jamais!

Na imensidão dos teus olhos,
Quero ver a tua alma,
Quero ver o teu amor,
Que me dá uma grande calma.

Um amor assim, é tão belo
Como o é, o teu coração
Guardemos em segredo
O sabor desta paixão.

Vem amor!
Quero teu corpo abraçar
E sentir o palpitar
Dos teus desejos carnais.
Nossas mentes se unirão,
Nossos corpos jamais!

Quero-te mais do que à vida,
Quero-te só para mim.
Vem amor! Estou-te esperando
…Nesta noite sem fim.

Vem amor!
Vem meus beijos receber,
Minhas carícias aceitar,
Em meus braços te enrolar
…Até a noite acabar.

Vem amor!
Quero sonhar contigo,
Quero teu corpo abraçar
Mas, ainda mais do que isso,
Quero meu sonho realizar

Maria





Tuesday, October 31, 2006

PROCUREI-TE




PROCUREI-TE



Procurei por toda a cidade
Onde andava o meu amor
Para minha fatalidade
Só encontrei desamor.

Meu amor! Por onde andas
Nesse caminhar sem destino
Não vês que estou aqui
Perdida num desatino

Caminho nesta cidade
Percorro montes e vales
Onde estás que não te vejo
Quero ao menos que me fales.

Na praia falo com as ondas
Espero até à madrugada.
O desespero é tanto
Que me sinto naufragada.

Meu barco está parado
As velas desfraldadas
Caravela faz-te ao mar
Desafia a tempestade
Deixa meu rumo tomar.

Olha além aquele farol
Que belo faroleiro tem
Encantou-se pelas sereias
Está sofrendo também.

Lá pela madrugada
Meu barco terra avistou
A praia está deserta
E meu amor não voltou.


Maria




Wednesday, September 06, 2006

SE EU PUDESSE !



SE EU PUDESSE!



Se eu pudesse
dominar o tempo
atava-lhe uma corrente
E passeava contigo
A eternidade.
Se eu pudesse
amainar as tempestades
Saia ao vento
Desafiava o cabo das tormentas
No meu bote imaginário
Lendário
Contigo naufagava
Numa baía
Onde a calmia
Abrandaria o vulcão
Da nossa paixão
Sem freios
Sem receios
Das tempestades
Que o teu corpo desencadeia
Em mim
Ateava com desejos
O pavio da tua alma
Eterna chama
Que em nós inflama
A magia do amor


Maria

POEMA: NA MINHA CAMA




NA MINHA CAMA




Deita-te na minha cama
Despe o teu pijama
Abraça-me fortemente
Beija.me ardentemente
Desperta em mim
Desejos pecaminosos
Leva-me ao céu
Em espamos estrondosos
Faz-me gemer
De prazer
E, entumecido
No auge da loucura
Penetra em minha gruta
Húmida e quente
Palpitante
E brota em mim
O néctar do amor
Num extâse total
Envolvente
Abrasa em teu sangue
Quente e doce
O meu climax
Sem fim


E torna real
Tão sublime momento


Maria








Monday, August 07, 2006

Noite orgásmica



Noite orgásmica




Numa frémita ânsia de te ter
Embriago-me no néctar do amor
Num misto de loucura e de paixão
Levo-te ao céu, gemes de prazer
Nossos corpos entram em ebulição




Num ritmo infernal
Ora acelerado ora lento
Entras dentro de mim
Atinges um orgasmo
Tão forte, tão intenso
Que parece não ter fim.
E um grito estridente
Assinala o momento
De êxtase total.




E quando finalmente
Saímos da letargia
A noite acabara, já era dia!



Maria

Thursday, July 06, 2006

AH! QUEM ME DERA!


AH! QUEM ME DERA!

AH! QUEM ME DERA!















Ah! Quem me dera!

Chegar àquela estrela
Tocar o firmamento
Ter asas e voar
Para além do mar.
Para além do horizonte.
Ah! quem me dera!

Entrar em teus pensamentos
Descobrir teus sentimentos

Ah! Quem me dera!

Ser transparente, invisivel
Mas presente e inesquecível.

Ah! Quem me dera!

Dar-te o sol e a primavera
O canto dos passarinhos
Arrolados em seus ninhos
Milhagre da natureza

Ah! Quem ma dera!

Sentir aquela quimera
Dos errantes peregrinos

Ah! Quem me dera!
Ser a ninfa do teu lago
Ver teu corpo de Adónis
Nadando em meu regaço.

Ah! Quem me dera!

Ser das flores a essência
Que usas no teu perfume

Ah! Quem me dera!

Ser das abelhas o mel
Com que adoças tua boca
Teus beijos,molhados e doces
Poêm-me quase louca

Ah! Quem me dera!

Ser o brilho cristalino
Dos teus olhos imparáveis

Ah! Quem me dera!

Ser novamente quem era.


MARIA

Wednesday, July 05, 2006




EM TURBILHÃO
(À Maria Freitas - minha Amiga )
Sim...meu amor
quero amar
o teu sorriso inebriante
na veloz trajectória
do universo rutilante
e no fluir constante dos dias
quero sentiro teu pulsar
quente e forte
sempre nesta vida
e ainda para além da morte.
Apertar-tebeijar-te
adorar-te na confusão
dos corpos loucos ébrios,
revolto sem turbilhão
sem espaço e sem tempo
no fogo dos teus olhos em clarão.
Amar-te na curva do horizonte
erguer-te nos meus braços
para além do monte
mergulhar contigo na raiz da vida
e contigo beber o azul
de fonte em fonte...
Teu Luís, 4ever.

Tuesday, July 04, 2006

QUERO




Quero


Quero olhar-me
No espelho da tua alma
Serena e calma
Quero um beijo
Do teu coração
A dilatar de desejo
Num compasso
De solfejo
Quero embalar-me
Em teus braços
Quero os teus abraços
Apertados
Sem cansaço
Como se fosse presa
Por laços
De fraterna amizade
Quero recordar
Com saudade
Aquela tarde
Em que me deixaste
Prometendo
Que em breve
Voltarias
E nunca mais
Sairias
Do espaço sideral
Em que ficaram
Nossas almas
Eternizando
Tão grande amor




Maria Freitas

Friday, June 09, 2006

Na Solidão do meu quarto

NA SOLIDÃO DO MEU QUARTO


Na solidão do meu quarto
Penso em ti a toda a hora
Com as paredes fiz um pacto
Se choro elas também choram.

Quando à noite fecho a porta
Sinto o mundo abalar
Fico desorientada
Só me apetece gritar

Se meus gritos ai chegassem
Virias a correr,
Pronto para me abraçar.
E a tua mão macia
Certamente aqueceria
Minha alma triste e vazia

Abro a porta da varanda
O ar da noite sufoca-me
Falo com as estrelas
Cintilantes e belas
Pergunto-lhes por ti
Elas sorriem brilhantes
São amigas dos amantes.

Sinto tanta nostalgia
Quero a tua mão macia
Quero o teu corpo de Adónis
Na minha cama vazia
Feita com lençóis de seda
Pintados de fantasia
Onde o sonho é eterno
Onde nunca será dia.

Maria

Sunday, June 04, 2006


POEMA: A NOITE





A NOITE



A noite é de breu.
Não há estrelas no céu
Não há brilho,
Não há luz.
Há sofrimento,
Vestido de prazer,
Que não conforta,
Esgota, mente.
Ilude, não satisfaz.
É um querer sempre mais,
Amargo e voraz,
Que mata lentamente,
O amor puro
E, torna o coração,
Negro e duro
Como a noite de breu.
Não és capaz de sair dela
E apanhar uma estrela.
Uma estrela na noite
É um sonho, um conforto,
É brilho, é esperança,
É brinquedo
Nas mãos duma criança.
Apanha essa estrela
Não a deixes fugir
A noite tornar-se-á bela
O teu amor vir-te-á cingir
Apanha-a com a mão.
Prende-a no teu regaço
Brinca com ela
Não a deixes fugir pela janela
Janela com grades
Por onde sairá a estrela
Na noite tão bela
Se não a amares
Com frenesim
Na noite de luz,
Encontrarás
O amor que abrasa
Dá calor, não queima
Refresca a alma.
Feliz será
Quem tiver a sorte
De encontrar
Uma estrela na noite.



Maria

Sunday, March 12, 2006

MARQUEI ENCONTRO




















Marquei encontro



Marquei encontro
Na margem daquele rio
Que minhas lágrimas
Em vão criaram.
Esperei uma eternidade
Até que a saudade
Meu rio secou
A margem sumiu
E você não chegou

Maria

Wednesday, February 22, 2006

Foi um Sonho

Foi Um Sonho





Foi um Sonho



Foi sonho ou lembrança,
Que me sobressaltou desse jeito
Renovei uma esperança
Que alojei no meu peito.
Unidos sobre a luz do luar
Contando nossos eventos
Quando de súbito, um beijo
Nos revelou sentimentos.
Sentimentos bem profundos
Repletos de emoções
Unimos os nossos mundos
Transbordam os corações
Nossos olhos se encontravam
E nossos lábios selavam
Num beijo de amor profundo
Algo de inexplicável
E muito menos palpável,
Emoções de outro mundo.
Por momentos augurei
Um futuro mais risonho
Infelizmente acordei
Tinha sido um lindo sonho.
Tudo isto se passou
Com meu amor junto a mim
Nesse dia abençoado
Que pra sempre seja louvado
O dia de S. Valentim.

João Fernandes
(Poeta Solitário)

Monday, February 06, 2006

Matas-me lentamente


Matas-me lentamente



Matas-me
Lentamente…
Tão lentamente
Que não ouves
O meu apelo
O meu sussurro
Esvaindo-se
Num mar de lágrimas
Implorando!
Gritando!
Deixa-me viver!!!
Não queres ver
O meu sofrimento
Nem esta dor
Pungente…
Que me mata
Lentamente…
E, persistes
Em arrastar-me
Ao inferno
Em destruir
Os meus sonhos
Em matar-me
Lentamente…

Maria

Sunday, January 22, 2006

Perdida na vida









Perdida na vida


Sinto-me perdida,
Sufoco…
Minha alma está ferida.
Qual pássaro…
Impedido de voar.
Preso numa gaiola
Dourada…
Tudo lhe dão.
Ele não quer nada
Só quer a liberdade.
Alma acorrentada
Sem destino.
Lanço-me no abismo
Qual lamaçal…
Ao fundo me espera.
E desespero…
Por libertar-me
E, cada vez, afundo-me mais.
O voo é alto.
A queda é funda.
Minha alma mergulha
Em águas turvas.
Aonde me levas?
Ao inferno.
Ao vazio.
Ao nada.

Maria

QUERO















Quero


Quero olhar-me
No espelho da tua alma
Serena e calma
Quero um beijo
Do teu coração
A dilatar de desejo
Num compasso
De solfejo
Quero embalar-me
Em teus braços
Quero os teus abraços
Apertados
Sem cansaço
Como se fosse presa
Por laços
De fraterna amizade
Quero recordar
Com saudade
Aquela tarde
Em que me deixaste
Prometendo
Que em brevevoltarias
E nunca mais sairias
Do espaço sideral
Em que ficaram
Nossas almas
Eternizando
Tão grande amor


Maria Freitas




O Meu Poema



O Meu Poema

aqui tens o meu poema
não tem rima
tem alma
não é rebuscado
nem estudado
é apenas uma imagem
da viragem
que deste à minha vida calma
do sonho a realidade
triste e melancólica
desgastas-me com lamúrias
desânimos, frustrações
noites de insónia
cansaço e dor
porque não confias
no meu amor
muda de atitude
não te lamentes
já te dei tudo
não me atormentes
volta de novo à vida
colorida, confiante
ama docemente
sem pedir em troca
dá-te simplesmente.


Maria

Saturday, December 17, 2005

Quem sou eu?


Quem sou eu?



Quem sou eu?
Ninguém!
Umas vezes, palhaço
Outras não sei bem.
Actriz?
Certamente,
Encenando o que não sou.
No palco da vida
Alguém me colocou.

No circo, faço palhaçadas
Acrobacias, piruetas e caretas
Faço rir às gargalhadas
Os graúdos e a criançada.

Pinto o rosto de amarelo,
Azul, verde ou vermelho
Ponho uma bola no nariz
Umas roupas esquisitas
Brilhantes, para dar nas vistas
E calções pelos joelhos
Mais uns tantos objectos
Pareço um ferro velho.

Um tanto desajeitado
Tropeçando e caindo
A assistência vai rindo
Enquanto o meu coração chora
Apetece-me fugir
Mas permaneço na arena
Até a amálgama sair.

No palco sou actriz
Visto-me a rigor
Pinto-me de verniz
Pareço uma Leonor
Passo a vida a representar
Apenas para enganar
Mas ao fim e ao cabo
A enganada sou eu.

E a dúvida persiste.
Afinal quem sou?
De onde vim?
Para onde vou?

Quando me olho ao espelho
Não me reconheço
Viro-me do avesso
E num arremesso de loucura
Rasgo as roupas,
Fico completamente nua
Vestida de amargura
Despida de preconceitos

Ergo o olhar de novo.
Que resta de mim?
Imperfeições, defeitos
Encenação e mentira

Encheram-me de regras e deveres
De risos irónicos bem moldados.
Tentando passar a uma sociedade
Podre e impotente,
Um modelo de gente
Que não vê, não ouve e não sente.
Amorfa, insensível, impiedosa
Aquilo que não sou?

Ser palhaço ou ser actriz
Tanto faz, é o meu destino
No palco, trajando a rigor
Ou na arena fazendo o pino.


A dúvida continua.
A questão fica no ar
Quem sou eu afinal?
Vestida ou nua
Serei sempre igual?
Quem me poderá mudar?

Maria

Sunday, December 04, 2005

Querida Maria


















Querida Maria



Este poema foi feito em tua homenagem!

E, ficaram presente na minha mente…
As imagens daquela tarde ardente!!!!



Não te posso esquecer.
Sempre pronta, ouviste:
Alegrias e tristezas…
E também, sentiste…
O prazer florescer.


Por tudo, estou-te grato!
Pelos momentos juntos passados...
Neste grande e eterno amor, juntamos…
Mil beijinhos; mil abraços.
Duas flores floriram….
no espaço dos teus passos!!!



Está em mim presente……
todo o teu ser!…
e, nunca ficarás ausente
Deste meu viver!


Houve momentos de alegria!
E, naquela tarde….
tudo acontecia!
Sentia também...
já esta saudade!...
À espera de um outro dia.


Nada pode destruir, amor e amizade……
que juntamos e construímos!
Encontrei-te um dia…por casualidade.
Foste bem vinda;
Foste a minha vida!...
Nascemos amantes… nesta cidade!



Alberto Avelar

Friday, December 02, 2005

TENHO FOME


TENHO FOME



Tenho fome
De sentir o vento
No meu rosto
Os cabelos negros
Soltos e rebeldes
Apenas
O mar e o céu
E o som
Do vento nas velas
Navego à deriva
No meu batel
Feito de papel
Tenho fome de sentir
Os teus murmúrios
Inebriantes
Sussurrando baixinho
Juras de amor
Incontidas
Em água cristalina
Procuro a minha sina
Saciando
Teus desejos
Tenho fome
Dos teus beijos
Do teu cheiro
A rosmaninho
Roupa lavada
Seca na aragem
Que traz na voragem
A lembrança
Dos tempos
Que vivi contigo.
Meu amante… meu amigo!

Maria Freitas

O MEU OÁSIS

POEMA: O meu oásis





O MEU OÁSIS



Encontrei em ti
O meu refúgio
Digo-te sem subterfúgios
Que me sinto bem
Comigo mesma
O tempo passou
E não deixou margem
Para arrependimento
Nem tão pouco marcas
De sofrimento
Que um olhar de lince
Possa descortinar
Olhando o mar
Sinto a nostalgia
Daquele dia em
Em que surgiste
Num clarão
Em plena noite escura
Só e sem rédeas
Apenas querias
Enxugar minhas lágrimas
Que tentavam em vão
Alagar o chão
Da minha alma
Sorri para ti
Deste-me a mão
Entraste em meu coração
Neste deserto
Onde me encontrava
Desesperada
Perdida
Foste o oásis
De verde água
Ali ficámos
Olhos nos olhos
Contando as mágoas
Colhidas aos molhos
Afagaste o meu rosto
Aqueceste meu corpo
Tremendo de medo
Contámos segredos
Contidos na alma
E quando a noite sumia
O sol raiava
E nossos corpos suados
Mas não cansados
Seguiram em frente
Longa caminhada
Sem olhar para trás
Sem levar nada
Daquelas lembranças
Na nossa bagagem
Apenas a esperança
Dum amor infinito

Maria Freitas

NO MEU JARDIM FLORIDO

Thursday, December 01, 2005

NO MEU JARDIM FLORIDO

Poema:


No meu jardim florido


No meu jardim florido
Tenho cravos, tenho rosas
Margaridas, violetas,
Hortênsias, mariposas
E as cores do arco-íris
Tenho a alegria estampada
No rosto formoso e belo
Um brilho intenso nos olhos
E amor pra dar aos molhos.
Se queres colher felicidade
Vem e traz uma rosa
Vermelha de preferência
Entra, a porta está aberta
Estou no meu leito de morte
Não chores, eu não morri
Continuo viva em ti.
Beija meu rosto frio
E coloca no meu colo
Essa rosa viva e viçosa
Vermelha que representa
A paixão que nos uniu
Em presença
Neste jardim florido
Espero por ti amor
No tempo estamos juntos
Neste jardim em flor
De onde nunca saíram
Nossas almas,
Nem o nosso amor.
Não chores
Não te lamentes
Meu amor eu não morri
Apenas me separei
Da matéria corrompida
Tenho uma nova vida
Com sonhos
Com esperança
Desconheço o sofrimento
Caminho com confiança.
Já não procuro mais nada
Encontrei tudo o que queria
Só faltas tu aqui
P'ra me fazer companhia.
Neste paraíso terreno
Onde não há noite e dia.
Apenas tempo infinito
E uma eterna magia


Maria Freitas

Wednesday, November 23, 2005

O BANQUETE





O Banquete


Rosas belas desabrocham
No meu secreto jardim
Corre uma brisa ternurenta
Que se apodera de mim.
E pergunta-me por ti.

Nos canteiros, os jasmins
Perfumam o ambiente.
E tudo em meu redor
Prepara-se para te receber.
Para um banquete sem fim.

A natureza está em festa
Os músicos no coreto
Só esperamos que chegues
Para iniciar o banquete.

Faisões, mangas, abacates,
Champanhe e caviar.
Vinhos, licores e taças de flores
Nunca hão-de faltar
Para festejar nossos amores

E para finalizar
Também não há-de faltar
Uma serenata ao luar
Para nosso amor embalar.
Pela noite de S. Silvestre
Com foguetes a estalar.

Vem, não demores tanto
O dia passa depressa
Queremos anunciar
A nossa entrada na festa
E se a noite chegar
Não havemos de parar.
Ficaremos juntinhos
Fazendo amor ao luar.

Maria

SONHO DE UMA NOITE






SONHO DE UMA NOITE



Uma noite sonhei,
Que me querias.
Senti-me de novo viva.
O sangue corria,
Nas minhas veias.
Quente, tão quente!
Que te abrasava.
A tua pele sangrava.
Quis sorver esse líquido,
Que me dava prazer.
Era, o suor,
Dos nossos corpos.
Cansados!
De tanto amor fazer.
Depressa,
O sonho acabou.
Acordei!
A realidade voltou.
Tu continuavas,
De costas voltadas,
Como se eu não existisse.
Ainda tentei,
Abraçar-te e beijar-te.
O sonho acabara.
Estava acordada.
Tu continuavas a dormir.
Sem dar por nada!


MARIA

Tuesday, November 22, 2005

POEMA: CHORO
























CHORO

choro por nada
choro por tudo
choro por ti
que não mereces
o meu amor.
Choro por mim
que tão cega fui
não queria ver
o que os meus olhos
Vislumbravam
na ânsia vivida
sem sentir
que era preterida.
Meus sonhos ruiram
minha alma esmoreceu
olhando o céu
só eu não ouvia
o que toda a gente
teimava em dizer-me
e neste cismar
sem rosto
sem alma
deixei de querer
uma vida calma
escondo meu rosto
nas mágoas sentidas
tentando em vão
sarar minhas feridas
feridas de amor
nunca cicatrizam
mantêm-se abertas
sangram sem parar
não há remédio
não há cura
para males de amor
só há rotura.


Maria Freitas

Suportando a dor,
















Suportando a dor,
Descobrimos a fortaleza;
Superando os obstáculos,
Abrimos os caminhos;
Admitindo os erros,
Conquistamos a evolução;
Reformando os passos,
Aprendemos a ter fé;
No silêncio da solidão,
Enxergamos o egoísmo;
No auto conhecimento,
Encontramos a vida;
Na certeza do sol,
Voltamos a sorrir.




Maria

Sunday, November 20, 2005

EU















EU



Quem és tu?
Eu do meu eu?
És divino'
Es humano?
És sonho ou realidade?
És encanto, amor, saudade.
Quero encontrar-te,
Numa simbiose perfeita,
Onde te descubro por engano.
És algo que está dentro de mim.
Se te separares, será o fim.
Não te vejo, mas conheço-te.
Sei que és meu,
a mim, pertences.
És efémero,
ão frágil, tão ténue.
És energia,
que me faz subir montanhas.
És o meu guia,
nos caminhos da vida.
Se caio, ajudas a erguer-me,
Orgulhosa de te ter e pertencer.
És o meu outro lado,
Aquele que desejava ser o real,
Para poder esconder,
Este meu eu tão desgraçado.
Que escondo, com todo o cuidado.
Que se verga, ao soprar da aragem,
Com medo de cair na voragem,
No sofrimento, lento e assassino,
Que desgasta este meu eu
Que ninguém conhece.
Convencidos de que sou um espelho.
Sim, este meu eu
Que se reflecte, aos olhos dos mortais,
Não vale nada,
não será conhecido jamais.
Mete-me medo e nojo.
Repudio-o
está corroído pela maldade,
Pela ausência em presença,
de quem ama.
Sinto-o só, isolado,
Do outro, a que está ligado.
Num grito de desespero,
Chamo-te, piedade! piedade!
Levanta-te eu do meu eu,
E orienta-me para o teu céu.
Onde tudo é realidade.
onde não há maldade.
Onde há esperança que não cansa.
E sonho que não acaba.
Vem, eu do meu eu!
Não te desmaterializes.
O meu eu sem ti,
Não poderá existir, jamais.

Maria

Por saber que me amas

POEMA




Por saber que me amas

Por saber que me amas.
Meu pranto secou.
O sol de novo raiou.
E a alegria voltou.
Quero neste sentir
Teu amor conservar.
Caminhemos lado a lado
Até onde teu coração me levar.
Ainda que seja um deserto.
Havemos de encontrar um oásis
Onde nossos corpos descansem
Longe dos olhares maldosos.
Mataremos esta sede.
De nossos lábios sequiosos.

Maria

Não sei porquê?

POEMA


Não sei porquê?


Quero amar-te
Perdidamente
Aqui
Agora
E sempre
Não sei porquê?
Mas quero-te
Ao meu lado
Deitado
Embalando
O sonho
Da realidade
Presente
Acordado
Não sei como calar
Um sentimento
Tão intenso
Tão forte
Eterno
Dás-me paz
És tudo o que eu quero
Nesta vida fugaz
Quero amar-te
Perdidamente
Aqui
Agora
E sempre


Maria Freitas



O CAIS DA ESPERANÇA

POEMA


O CAIS DA ESPERANÇA



Eu sei que esperas por mim,
Além, no cais da esperança,
Onde tantos planos fizemos,
Quando ainda éramos crianças.

O mundo dá tantas voltas
E numa delas me perdi
Mas ainda conservo a esperança
Que um dia voltarei
A esse cais, onde me esperas
E de onde nunca saí

Certamente adormeci
De tanto esperar por ti
Mas continuo convicta
De que ainda não te perdi

Vem, não demores tanto
Ouve os meus lamentos
Acaba com este pranto
Alivia meu sofrimento

Já tenho a tez queimada
De tanto sol apanhar,
Meu corpo está cansado
De por ti, tanto esperar.

Beija meu rosto cansado,
Leva-me até ao fim do cais
Tomemos aquele barco
Que navega sem arrais
Na esperança de conduzir-nos
Novamente ao nosso cais.



Maria

POEMA: DE TANTO CISMAR CONTIGO

POEMA :

















DE TANTO CISMAR CONTIGO


De tanto cismar contigo
Fiz mil poemas à toa
Com eles, compus este livro
Sem vaidade e sem rodeios
Estampei-lhe a minha alma
Meu sentir, meus devaneios



São estados da minh’alma
Em momentos de nostalgia
São bem o meu retrato
Era isso que pretendia.


De muitas lágrimas caídas
Em noites de solidão
Noites passadas em claro
Sozinha com o meu colchão.
Desabafando minhas mágoas
Abrindo meu coração
Ao papel fui passando
A minha desilusão


Todo o mundo dormia
Sonhava talvez
Enquanto eu olhava
Para além de mim
Uma nuvem passava
No céu do meu mundo
Perdida no cosmos
Num sono profundo


Pus música nos versos
Que escrevo sem rima
Palavras sem nexo
Num contexto só meu
Ditadas ao vento
Levadas ao céu
Do meu pensamento


Palavras sentidas
Com tanto fervor
Flores viçosas
Que murcharam de dor
Faltou-lhes a seiva
Faltou-lhes o amor.


Por isso, elas falam
A quem as entende
A quem lhes dá vida
Num mundo perverso
Num mundo às avessas
Onde todos se atropelam
Numa barafunda geral
Tentando vencer
A batalha final


Maria Freitas


Friday, November 18, 2005

Maria

Poema: Estado de Alma






Estado de Alma

Minha alma
Despida de fantasias
Mergulha na escuridão
No vazio do teu olhar
Sem expressão.
Numa ânsia de lhe devolver
O brilho do sol
Sobre as ondas revoltas
Duma estranha mansidão.
Ondas de amargura e de paixão
Fazem incendiar meu coração.
Onde a amargura reservou bancada
Para o espectáculo
À hora marcada.
Não há artistas
Não há assistência.
Apenas a minha existência
Que teima em permanecer
Atenta ao cair do pano
Num desaforo sobre humano
De resistir a tanta indiferença
Eis que finalmente
Uma sensação de leveza
Se apodera da minha alma
Saindo, enfim do torpor
Em que a deixou
Um grande amor
Ficando até quando?
Serena e calma.


Maria Freitas

AO ENTARDECER

















Ao entardecer



Tarde serena
Amena
Calma
A brisa refresca meu corpo
Aquece a minha alma
Ao longe
O campanário da igreja
Toca as Avé-Marias
Passos apressados
Fazem estalar o chão
Corpos cansados
Suados
Procuram a solidão
Os bares cheios
De dores sentidas
Afogam no álcool
As mágoas contidas
São almas carentes
Desiludidas
Sem norte
Sem vidas
No silêncio da noite
Oiço as batidas
Dum coração ardente
Tão frio e tão só
Na imensidão do tempo
Neste sentir
Surge a madrugada
Transparente e calma
Cai a orvalhada
Refresca meu corpo
Refresca-me a alma
Deixando-me calma
Como a alvorada

Maria Freitas

Thursday, November 17, 2005

POEMA : vem amor1






Vem Amor !

Espero-te ardentemente!
Vem abraçar-me
Sabes que te espero !
A Tua genialidade
cresce em minhas veias ,
meu sangue aquece !
Sabes há quanto tempo te espero?
vem meu Anjo !
Como és sábia ,
tens engenho , tens Arte!
Porque não me dás
teus beijos sedentos dos meus !
Quero teu pranto parar !
Consolar o desejo do teu olhar !
Ai …Como é bom saber que Vives !
Como é bom saber que me amas !
Teu leito quero escutar ,
tuas palavras consolar !
Ensina-me como fazer
para sentir tua doçura
e teu calor !
Mulher crê,
tem confiança
Sou EU !
Finges não me ver ,
mas sabes que te vejo !
Teu corpo quero AMAR ,
vem meu presente de DEUS !
Tuas lágrimas quero enxugar !
Jamais esperarás ,
pois vou percorrer vales e montes
em tua busca !
Liberta esse sentir, que não existo,
Sou EU !
Mulher porque esperas,
porque não tens confiança !
Sou Eu ,
teu servo teu escravo,
sedento de tuas doçuras !
Amar-te, beijar-te,
sentir-te ,abraçar-te
terna e docemente !
Estou aqui ,
Mulher , sou EU !
Contemplo Teu Olhar Fatal !

" FOGO "

Wednesday, November 16, 2005

loucura





Loucura



Tal como um deus menor cria um ser
Criei-te na ânsia de te ter,
Julgando que tal pudesse ser amor.
Adulterei a tua natureza
Dei-te outra forma de pensar
Transformei a tua beleza
E até mesmo a maneira de sentir e amar
Consegui ter-te, assim, a meu lado
A ilusão de sentir o teu amor...
Mas já não eras tu
aquela mulher ardente
altiva, distante e bela
Que um dia conheci.
Eras uma sombra dela
Sumida, submissa e sem a graça natural
Que fazia de ti aquele ser especial
Por quem cometi tamanha loucura.
Reneguei, então, aquele ser criado
Apenas para a minha egoística satisfação.
Apaguei-o da minha imaginação
E pude, de novo, ver-te tal como és.
Como pôde o amor ser tão maltratado!
Pelo que fiz
peço-te perdão!

António José